Os espigões que vão ser construídos na cidade de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, vão ter o formato de serpente. As obras dos três primeiros equipamentos vão começar nesta segunda-feira (4) na Praia do Icaraí.
“Os espigões de Fortaleza são ortogonais, ou seja, eles barram os sedimentos que alimentariam a praia de Caucaia, principalmente do Mucuripe, que foi construído na década de 40. Eles têm formato de serpente, inclinado para Oeste, então ele não barra todo o sedimento, podendo alimentar as praias da Tabuba, do Cumbuco e do Pecém”, explicou o secretário de infraestrutura de Caucaia, André Daher.
A primeira etapa, financiada por convênio, tem previsão para durar um ano, com investimento de R$ 44 milhões, verba estadual e municipal.
Onze espigões vão ser implantados em quase toda a extensão da orla do município, por 8 km, começando na Praia do Pacheco e indo até a Praia da Tabuba.
A execução das obras para contenção no litoral caucaiense é fundamental para o município, pois as praias da região sofrem mudança natural provocada pela erosão marinha intensificada. Nos últimos anos, o avanço marítimo na região ocasionou o afastamento de turistas e o amedrontamento dos moradores e comerciantes do Icaraí, que presenciaram parte das construções litorâneas sofrerem risco de desabamento devido à falta de contenção que impedisse as chamadas “ressacas do mar”.
“Mais que uma obra de infraestrutura, essa é uma obra que atinge diretamente a economia do município de Caucaia porque vai atrair novamente os turistas, por ser uma praia muito próxima da nossa capital e que poderá ter essa visitação incrementada, trazendo trabalho e renda para a população”, afirmou André Daher.
O dono de uma barraca de venda de lanches e bebida Humberto Santos disse que mora no local há mais de 10 anos e que os transtonos foram grandes por conta do avanço do mar. “Estamos aqui há 12 anos e tivemos muitos transtornos. Perdemos os adereços que a gente tinha, o mar levou mesas, cadeiras, mas agora eu acho que a situação vai ser resolvida”, disse.
“A maré é muito forte, sem uma devida proteção, sem a forma adequada, e sempre causava transtornos à nossa vida litorânea; mas estou muito alegre com essas atitudes positivas”, afirmou o morador César Mourão.
Por g1 CE
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