segunda-feira, 4 de abril de 2022

Entenda por que os novos espigões do litoral oeste do Ceará vão ter forma de 'serpente'



Os espigões que vão ser construídos na cidade de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, vão ter o formato de serpente. As obras dos três primeiros equipamentos vão começar nesta segunda-feira (4) na Praia do Icaraí.

“Os espigões de Fortaleza são ortogonais, ou seja, eles barram os sedimentos que alimentariam a praia de Caucaia, principalmente do Mucuripe, que foi construído na década de 40. Eles têm formato de serpente, inclinado para Oeste, então ele não barra todo o sedimento, podendo alimentar as praias da Tabuba, do Cumbuco e do Pecém”, explicou o secretário de infraestrutura de Caucaia, André Daher.

A primeira etapa, financiada por convênio, tem previsão para durar um ano, com investimento de R$ 44 milhões, verba estadual e municipal.

Onze espigões vão ser implantados em quase toda a extensão da orla do município, por 8 km, começando na Praia do Pacheco e indo até a Praia da Tabuba.

A execução das obras para contenção no litoral caucaiense é fundamental para o município, pois as praias da região sofrem mudança natural provocada pela erosão marinha intensificada. Nos últimos anos, o avanço marítimo na região ocasionou o afastamento de turistas e o amedrontamento dos moradores e comerciantes do Icaraí, que presenciaram parte das construções litorâneas sofrerem risco de desabamento devido à falta de contenção que impedisse as chamadas “ressacas do mar”.

“Mais que uma obra de infraestrutura, essa é uma obra que atinge diretamente a economia do município de Caucaia porque vai atrair novamente os turistas, por ser uma praia muito próxima da nossa capital e que poderá ter essa visitação incrementada, trazendo trabalho e renda para a população”, afirmou André Daher.

O dono de uma barraca de venda de lanches e bebida Humberto Santos disse que mora no local há mais de 10 anos e que os transtonos foram grandes por conta do avanço do mar. “Estamos aqui há 12 anos e tivemos muitos transtornos. Perdemos os adereços que a gente tinha, o mar levou mesas, cadeiras, mas agora eu acho que a situação vai ser resolvida”, disse.

“A maré é muito forte, sem uma devida proteção, sem a forma adequada, e sempre causava transtornos à nossa vida litorânea; mas estou muito alegre com essas atitudes positivas”, afirmou o morador César Mourão.


Por g1 CE


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