quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Hospital Leonardo da Vinci suspende cirurgias eletivas para atender pacientes com síndrome gripal que precisem de internação, em Fortaleza



O Hospital Leonardo da Vinci, em Fortaleza, suspendeu temporariamente, nesta terça-feira (4), todas as cirurgias eletivas para focar o atendimento para pacientes com quadros de síndromes gripais que necessitem de internação. A informação é do secretário estadual da Saúde, Marcos Antônio Gadelha, em entrevista concedida à TV Verdes Mares.

"A gente, a partir de hoje, vai deixar de fazer cirurgias eletivas e vai focar o Hospital Leonardo da Vinci para atender síndromes gripais que estão com SRAG, as síndromes gripais com desconforto respiratório que precisa de internação. [O hospital] vai ser dedicado a atender esse tipo de paciente", disse o secretário.

O Hospital Leonardo da Vinci havia voltado a realizar cirurgias eletivas em julho do ano passado, após cinco meses de suspensão devido à segunda onda da pandemia de Covid-19. O hospital era privado, mas foi adquirido pelo Governo do Estado no início da pandemia se tornando referência estadual no tratamento da doença.

Os casos de síndrome gripais no Ceará disparam nos últimos dias, com alta procura de atendimento médico em UPAs e hospitais particulares. Segundo o secretário Marcos Antônio, o estado também registra aumento de internações em enfermarias.

"Vem aumentando a internação em enfermaria, aumentou também em terapia intensiva. O que a gente tem observado é que tem aumentado em terapia intensiva, mas não tem aumentado um quantitativo importante de pessoas com necessidade de serem intubadas, como foi nos dois momentos da pandemia, né? Em que as pessoas davam entrada nas UTIs, e a maior parte dessas pessoas era intubada", afirma.

Ainda segundo o secretário, o estado registra demandas de UTI, mas não há quantidade elevada de pessoas que precisem de intubação. "Pessoas estão precisando de suporte respiratório, precisando de fisioterapia, de medicamento, mas a demanda de pacientes com necessidade de ventilação mecânica ainda não tem aumentado. Isso pode ser reflexo da vacinação", afirma.


Por Aline Oliveira e Isayane Sampaio, g1 CE


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