terça-feira, 8 de junho de 2021

Governo autoriza acionamento de termelétricas por seis meses



O governo federal publicou nesta segunda-feira (07) no Diário Oficial da União (DOU) uma portaria que autoriza o acionamento de usinas termelétricas por seis meses. A disponibilização da energia será feita sem contrato e tem o objetivo de diminuir os efeitos da crise hídrica que atinge alguns estados do país.

A preocupação da equipe governamental é com a possibilidade de apagão geral no país, visto que a redução dos níveis de rios de usinas hidrelétricas poderiam provocar o corte no fornecimento de energia.

O fornecimento de energia por meio de termelétricas poderá ser prorrogado caso a escassez de energia hidrelétrica continue nos próximos meses. O governo ainda ressaltou que usinas sem contratos para venda de produção poderão incluir os valores em custo fixos em receita quando são chamadas para operar, conhecido por Custo Variável Unitário (CVU).

A autorização prevê maior amplitude para o setor térmico, o que poderá aumentar o valor das contas de energia.


Crise Hídrica

A Agência Nacional de Águas (ANA) declarou na última terça-feira (1º) situação hídrica crítica na bacia do Paraná que abrange cinco estados: GO, MG, MS, PR e SP . Com isso, abriu caminhos para que medidas como racionamento de energia sejam tomadas.

Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) já havia emitido, na semana passada, um comunicado de alerta para "risco hídrico". A tentativa visa evitar o racionamento até outubro , período de maior estiagem na região Centro-Oeste.

O último período chuvoso, que acabou em abril deste ano, foi o mais seco em 91 anos. Isso fez com que o nível médio dos reservatórios se equiparasse ao do grande apagão de 2001.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico se reuniu para acompanhar a situação do fornecimento de energia do país, mas ainda não definiu as providências sobre a geração de energia por hidrelétricas. Até o momento, o Brasil supre a demanda de energia por termelétricas, sendo mais caras e poluentes.


Fonte: Brasil Econômico


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