quinta-feira, 24 de março de 2022

Mulheres representam 36% dos empregos formais gerados no Ceará em 2021, diz IDT

 


As mulheres foram contempladas com apenas 36% dos empregos formais gerados em 2021, no Ceará, de acordo com um estudo do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), realizado com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Ou seja, homens conseguiram quase oito a cada dez vagas de empregos.

Mesmo que ainda seja desigual, o balanço do ano passado registrou crescimento se comparado a 2020, quando o saldo de empregos ficou negativo para o sexo feminino. Conforme os dados do IDT, as áreas que mais contrataram mulheres em 2021 são:

  • Assistente administrativo (abertura de 3.315 novos empregos)
  • Vendedora de comércio varejista (2.689)
  • Auxiliar de escritório (2.678).


Desigualdade cotidiana

A tripla jornada entre ser mãe, dona de casa e funcionária faz parte do cotidiano de diversas mulheres, e apesar de ser uma realidade complicada, quando a parcela profissional é negada, a realidade fica ainda mais difícil.

É o caso de Renata Silva, auxiliar de produção, que está desempregada há sete anos. “Eu sou uma chefe de família e não está sendo fácil. Nesse período da pandemia, ficou tudo muito difícil”, lamenta.

Outro obstáculo no caminho das mulheres se apresenta até quando elas conseguem emprego. A diferença salarial é outro separador da realidade entre os gêneros, e aumentou 6% em 2021 no Ceará

Para combater essas desigualdades, Vladyson Viana, presidente do IDT, avalia que políticas públicas dedicadas às mulheres precisam ser implementadas. “Nós precisamos enfrentar essa questão estrutural e ter políticas públicas que garantam a essas mulheres uma rede de proteção. Uma política pública que eu considero essencial para apoiar essas mulheres que querem exercer a profissão é, por exemplo, creches em tempo integral. Isso faz toda a diferença”, destaca o representante do órgão.


Por g1 CE e TV Verdes Mares



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