sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Esgotos de Fortaleza têm maior concentração de coronavírus do último mês


O monitoramento realizado semanalmente pela Agência Nacional de Águas (ANA) com base na rede de esgotos de diversas capitais apontou que a concentração do coronavírus no esgotamento sanitário de Fortaleza aumentou no último mês. A análise indica que, em meados de outubro, o vírus havia sido identificado em duas estações ou sub-bacias monitoradas; na última semana, esse número cresceu para sete.

A classificação do monitoramento é dividida no mapa como não detectado (verde), concentração maior (vermelho - acima de 25 mil cópias de coronavírus por litro); intermediária (laranja - entre 4 mil e 25 mil cópias) e menor (amarelo - abaixo de 4 mil).


Confira no mapa:


Conforme o mapa, a maioria dos pontos está com concentração baixa. Em dois pontos específicos, porém, não houve a identificação do vírus no esgotamento sanitário.

Por outro lado, conforme o boletim, as concentrações do vírus na Estação de pré-condicionamento (CE-ETE-03), que fica na Praia da Leste Oeste, na qual chega cerca de 65% do esgoto coletado em Fortaleza, também apresentaram aumento. Nesta área, a concentração está entre 4 mil e 25 mil cópias, ou seja, com concentração intermediária.

As informações foram coletadas por integrantes da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e da Universidade Federal do Ceará (UFC), parceiros da iniciativa que analisa outras capitais, como Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e Curitiba.

A ideia do levantamento é que os dados sejam cruzados com os do sistema de saúde a fim de dar subsídios para autoridades locais nas decisões de enfrentamento à Covid-19.

A abrangência dessa pesquisa considera o sistema de esgotamento compartilhado por mais de um milhão de pessoas.


Coletas das amostras

As coletas das amostras de esgoto nos pontos definidos no estudo estão sendo realizadas por equipes de campo dos prestadores de serviços de saneamento parceiros do projeto e pelas equipes locais das universidades integrantes da Rede Covid Esgotos. No caso de Fortaleza, são a Universidade Federal do Ceará e a Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará (Cagece).

No laboratório, as amostras são processadas em quatro etapas para a detecção do novo coronavírus.


Pesquisa

De acordo com a pesquisa da Rede Monitoramento Covid Esgotos, com base na carga viral medida em trilhões de cópias do novo coronavírus por dia, é possível estimar a população contaminada, que elimina o vírus pelas fezes e urina, sendo que não há evidências da transmissão do vírus através das fezes

A ideia é saber como está a ocorrência do novo coronavírus por região, o que pode direcionar a adoção ou não de medidas de relaxamento consciente do distanciamento social. Também pode possibilitar avisos precoces dos riscos de aumento de incidência da Covid-19 de forma regionalizada, auxiliando assim a tomada de decisão pelos gestores públicos.


Por g1 CE


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