terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Terceira onda da Covid-19 em Fortaleza 'pode estar próxima do fim', diz prefeitura



A terceira onda da pandemia em Fortaleza "pode estar próxima do fim", afirma a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) no boletim epidemiológico divulgado na noite desta segunda-feira (21). Conforme a pasta, há indicativos que sugerem uma "forte tendência de redução da transmissão" do coronavírus.

De acordo com a Secretaria da Saúde, nas últimas quatro semanas, houve diminuição nos atendimentos por síndrome gripal em postos de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), além da queda no número de casos e da positividade dos exames.

A média móvel de casos atualmente na cidade está em 48,6 casos em média a cada dia. Há duas semanas, em 5 de fevereiro, a média móvel era de 469,9 casos por dia; ou seja, houve redução de mais de 90%. Para a Prefeitura, isso confirma "um decaimento consistente e rápido, quando comparamos ao referido pico da média da terceira onda".

O pico desta terceira onda foi registrado no dia 19 de janeiro deste ano, quando foram contabilizados 3.424 casos em média por dia.

A proporção de positividade nos testes RT-PCR realizados em moradores de Fortaleza, cujas análises foram feitas por laboratórios da rede pública, caiu para 7,5%. Isso significa que, a cada 100 exames, pouco menos de oito pessoas testam positivo.

Com relação aos óbitos provocados pela Covid, a Prefeitura afirma que, após um aumento no indicador em janeiro provocado pela variante ômicron, "a curva volta a tendência de estabilização em fevereiro". Atualmente, a média móvel de mortes pela doença é de 2,7 óbitos a cada dia.

"A tendência atual é de consistente declínio do número de óbitos a cada 24 horas. A introdução de uma variante altamente transmissível, mesmo em tese menos agressiva, causou casos graves, principalmente, em indivíduos não vacinados e naqueles mais idosos com comorbidades e sem a dose de reforço", diz a Secretaria.


Ceará em baixa alerta

A taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 no Ceará voltou ao nível de alerta baixo na semana passada. O aumento entre janeiro e fevereiro ocorreu, conforme autoridades sanitárias, em decorrência da variante ômicron, no que ficou conhecida como a terceira onda da doença no estado.

De acordo com a Fiocruz, o índice de ocupação dos leitos de UTI públicos para pacientes com a enfermidade saiu de 73% para 59% em uma semana. A fundação observou que as taxas caíram pelo menos cinco pontos percentuais em 15 estados, demonstrando uma tendência de finalização da onda epidêmica.

"Embora algumas taxas de ocupação de leitos ainda estejam muito elevadas, é um alento a percepção de que o arrefecimento da grande onda de casos provocada pela ômicron, sentida em dados epidemiológicos, está começando a se refletir na diminuição da ocupação de leitos de UTI", afirmou no documento a Fiocruz.
A capital Fortaleza, por sua vez, também apresentou redução no índice de internações em UTIs por causa da Covid-19. Conforme a Fiocruz, a taxa retrocedeu de 86% para 70%. Contudo, conforme os critérios apontados pela fundação, o município ainda está em situação de alerta intermediário. Uma semana antes, Fortaleza estava em alerta crítico.

Conforme a entidade, os números de internações desta terceira onda só não foram tão altos graças à campanha de vacinação, que impediu maiores percentuais de casos críticos e graves, internações e óbitos.


Por Cadu Freitas, g1 CE


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