terça-feira, 7 de junho de 2022

Implantação de usina de urânio no Ceará começa a ser discutida em audiências públicas nesta terça-feira


A primeira audiência pública sobre o estudo e relatório de impacto ambiental do Projeto Santa Quitéria, de extração de urânio no Ceará, começa nesta terça-feira (7). A reunião vai ocorrer no município de Santa Quitéria.

Outros dois encontros estão marcados para os municípios de Itatira (Lagoa do Mato) e Canindé, na Região Central do Ceará, nesta quarta-feira (8) e quinta-feira (9), respectivamente. As reuniões foram convocadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O Projeto Santa Quitéria terá investimento de R$ 2,3 bilhões e vai produzir anualmente 1,05 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados e 220 mil toneladas de fosfato bicálcico para atendimento da agropecuária das regiões Norte e Nordeste. Além de 2,3 mil toneladas de concentrado de urânio, que será utilizado como matéria-prima para fabricação de combustível para geração de energia termonuclear.

Durante o evento, os participantes poderão fazer perguntas, críticas e sugestões que serão respondidas depois das apresentações da audiência. Após o término da AP os interessados terão 20 dias para enviar questionamentos, arquivos ou documentos que possam auxiliar as análises do licenciamento ambiental sobre o empreendimento.


Fosfato e urânio no Ceará

Após a realização de pesquisas e estudos que confirmaram a presença de fosfato (predominante) e urânio na Fazenda Itataia, no Ceará, a Indústrias Nucleares do Brasil (INB) formalizou uma parceria com uma empresa privada do setor de fertilizantes.

A Galvani ganhou a licitação e ficou responsável pelos investimentos e por desenvolver os processos, a engenharia, os estudos para o licenciamento ambiental, a construção e a montagem do empreendimento do Projeto Santa Quitéria.

Defensores do projeto argumentam que o empreendimento vai gerar empregos, aumentar a renda e oportunidades de negócios em toda a região. Moradores da região temem efeitos nocivos com a manipulação do material radioativo.


Por g1 CE


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