segunda-feira, 6 de junho de 2022

Em cinco dias de junho, Ceará tem quase o dobro da chuva esperada para o mês todo



Nos primeiros cinco dias de junho, já choveu no Ceará quase o dobro do esperado para o mês inteiro, de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). A média é de 37,5 milímetros; já o observado até o momento é de 61,3 milímetros.

Ainda segundo a Funceme, a última vez que foi registrado um desvio positivo no mês de junho foi em 2013 quando no mês todo foi observado 62,6 milímetros.

A região que mais recebeu precipitação foi o Litoral de Fortaleza com 109.8 milímetros. Em seguida aparecem (Ibiapaba (63,6 milímetros), Sertão dos Inhamuns (63,1 milímetros) e Litoral Norte (53,1 milímetros).


Pós-estação: chuvas podem continuar

O principal período de chuvas no Ceará concentra-se entre os meses de fevereiro e maio, quando costumam ocorrer 75% das precipitações do Estado. Porém, segundo a Funceme, mesmo que reduzidos, mais acumulados são esperados até julho, quando acontece a pós-estação. Nestes dois meses, a média histórica é de 52,9 milímetros.

"Então, não é porque terminou a estação chuvosa, que também encerraram as precipitações aqui no estado. Julho e julho continuam a ocorrer precipitações. A chuva vai a ser associada a outros eventos, como a formação de áreas de instabilidade, principalmente sobre o oceano. Elas se deslocam, se aproximam da nossa costa, levando a formação das nuvens de chuva e aí a ocorrência de precipitações às vezes até bastante intensas", explica a gerente de meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto.

Esse período do ano também é o início da estação chuvosa dos estados do setor leste da região Nordeste, o que ocasionam as chuvas naquele setor são as Ondas de Leste. “Essas precipitações intensas que têm sido observadas em Pernambuco, também no estado de Alagoas, têm sido ocasionados por essas ondas”, comenta Sakamoto.

No caso do Ceará, assim como têm sido observados neste início de mês, as precipitações também têm influência das Ondas, ainda que de forma mais amena. “Às vezes, dependendo da força da intensidade que esses sistemas se deslocam, podem até trazer alguma precipitação para o Estado, um pouco mais de chuva talvez ali pra região do Cariri e também pra região Jaguaribana e pra própria faixa litorânea”, finaliza a pesquisadora da Funceme.


Por g1 CE


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