quarta-feira, 1 de junho de 2022

CPI que investiga envolvimento de associações militares em motim da PM pode ser prorrogada por mais 120 dias no Ceará



A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a participação de associações militares no motim de parte dos agentes da Polícia Militar ocorrido em 2020 no Ceará pode ser prorrogada por mais 120 dias. O pedido foi feito pelo presidente da CPI, deputado Salmito Filho (PDT), nesta terça-feira (31).

Iniciada em agosto do ano passado, a CPI das Associações tinha prazo regimental previsto para encerrar em dezembro de 2021, mas foi prorrogada por 4 meses, reiniciando em fevereiro com prazo para terminar nesta quarta-feira (1°).

O motim de parte da PMCE aconteceu em fevereiro de 2020, quando vários agentes ingressaram em um movimento paredista, contra o Governo do Ceará por divergências sobre ajuste salarial entre a categoria e o Executivo estadual.

Salmito afirmou que o pedido de renovação do prazo da CPI é para a conclusão da avaliação do relatório. "Essa renovação de prazo é exatamente para concluir essa fase final. Nós já tivemos uma primeira fase muito importante de colher informações e dados, a segunda fase de ouvir e visitas, e agora a fase final para fechar, e o deputado apresentar o relatório para, na sequência, deliberarmos acerca do relatório a ser concluído pelo relator o deputado Elmano de Freitas", disse.

O requerimento para prolongar o prazo da CPI já está nas mãos da presidência da Casa para avaliação e deliberação do pedido de prorrogação, conforme Salmito.


Novo depoimento

Também nesta terça-feira (31), os deputados que compõem a CPI das Associações Militares na Assembleia Legislativa do Ceará aprovaram um requerimento que convida, pela segunda vez, o presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), Cleyber Araújo, para depor ao colegiado como testemunha.

"O deputado autor do requerimento, Marcos Sobreira, deixou claro que ele tem algumas dúvidas ainda que ele gostaria de tirar com o presidente da APS, Cleyber Araújo. Isso é muito normal, é muito rotineiro nas CPIs, você ouve uma pessoa e de repente se faz necessário ouvi-la novamente porque aparecem informações novas ao longo das investigações que se faz necessário tirar alguma dúvida e, portanto, ouvir alguém de novo", explicou Salmito Filho.

No início de abril, o presidente da entidade, o policial militar Cleyber Araújo confirmou que a associação custeou os transportes, mas negou ilegalidade.


Por Paulo Martins, g1 CE


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